segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Homenagem

Uma homenagem a todos os bêbados de plantão!
Vejam é muito engraçado.
Clique aqui

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Universo Alegria


As vezes fazemos coisas q normalmente não faríamos, vamos a lugares que normalmente não iríamos. E quando acontece, o resultado pode ser surpreendente.
Nesse domingo ocorreu o que eu resolvi chamar de Planeta Atlântida Sertanejo.
Algumas das duplas mais famosas da atualidade embalaram algumas milhares de pessoas em Esteio: Hugo Pena e Gabriel, César Menotti e Fabiano, Bruno e Marrone e Victor e Léo.
Eu não sou exatamente uma adoradora de sertanejo, mas acabei indo... e gostando! Não mudou a minha vida, mas fez alguma diferença (comentário especial pra Gaivota).
Provavelmente o motivo de eu ter gostado tanto e estar escrevendo aqui sejam essencialmente dois: a excelente companhia e o ineditismo da situação. O primeiro fator deve ter pesado um pouco mais. Até porque depois de perder o celular, isso tão pouco conseguiu estragar a minha noite.
É, tem coisas que não precisa ser Freud pra explicar...

Mas agora falando um pouco do segundo fator, é muito legal quando conseguimos deixar certos preconceitos bobos de lado e aproveitar as diferentes situações que aparecem.

Score total: -1 celular -1 brinco + PAS (Planeta Atlântida Sertanejo) = 1 noite muito especial!

sábado, 17 de outubro de 2009

Vinte e poucos anos

Ando meio ausente ultimamente no blog.
Muitas coisas acontecendo, faculdade terminando, mono em andamento, trabalho corrido...
E algumas surpresas muito agradáveis no meio dessa bagunça toda.
Coincidentemente, tenho recebido textos muito legais e acabo compensando a minha ausência com eles.
Esse recebi de uma amiga.
Leiam e identifique-se, certamente alguma passagem tem tudo a ve com vocês.

"E começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.

Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.A chamam de 'crise do quarto de vida'.

Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..

E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são 'tão divertidas'. as vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.

Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.

Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar.

Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado (a) para se comprometer pelo resto da vida.

Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado(a) e agir como um(a) idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado(a) e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é. Às vezes, você se sente genial e invencível, outras. Apenas com medo e confuso (a).

De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.

Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro. E com construir uma vida para você. E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela. O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes.

Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça. Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos. Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.

Parece que foi ontem que tínhamos 16."

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Orgulho de ser Gaúcho

Arnaldo Jabor

O Brasil tem milhões de brasileiros que
gastam sua energia distribuindo
ressentimentos passivos.

Olham o escândalo na televisão e
exclamam 'que horror'.

Sabem do roubo do político
e falam 'que vergonha'.

Vêem a fila de aposentados
ao sol e comentam 'que absurdo'.

Assistem a uma quase pornografia
no programa dominical de televisão
e dizem 'que baixaria'.

Assustam-se com os ataques dos criminosos e choram 'que medo'. E pronto!
Pois acho que precisamos de uma transição 'neste país'.
Do ressentimento passivo à participação ativa'.

Pois recentemente estive em Porto Alegre,
onde pude apreciar atitudes com as quais
não estou acostumado, paulista/paulistano que sou.

Um regionalismo que simplesmente não
existe na São Paulo que, sendo de
todos, não é de ninguém. No Rio Grande do Sul,
palestrando num evento do Sindirádio, uma surpresa.

Abriram com o Hino Nacional.

Todos em pé, cantando.

Em seguida, o apresentador
anunciou o Hino do Estado do Rio Grande do Sul.

Fiquei curioso. Como seria o hino?

Começa a tocar e, para minha surpresa,
todo mundo cantando a letra!

'Como a aurora precursora /
do farol da divindade, /
foi o vinte de setembro /
o precursor da liberdade ' .

Em seguida um casal, sentado do meu lado,
prepara um chimarrão.

Com garrafa de água quente e tudo.

E oferece aos que estão em volta.

Durante o evento, a cuia passa de
mão em mão, até para mim eles oferecem.

E eu fico pasmo. Todos colocando a boca
na bomba, mesmo pessoas que não se
conhecem. Aquilo cria um espírito de
comunidade ao qual eu, paulista,
não estou acostumado.

Desde que saí de Bauru,
nos anos setenta, não sei mais o que é 'comunidade'.

Fiquei imaginando quem é que sabe cantar
o hino de São Paulo.

Aliás, você sabia que
São Paulo tem hino? Pois é...

Foi então que me deu um estalo.

Sabe como é que os 'ressentimentos passivos'
se transformarão em participação ativa?

De onde virá o grito de 'basta' contra
os escândalos, a corrupção e o deboche
que tomaram conta do Brasil?

De São Paulo é que não será.

Esse grito exige consciência coletiva,
algo que há muito não existe em São Paulo.

Os paulistas perderam a capacidade
de mobilização. Não têm mais interesse
por sair às ruas contra a corrupção.

São Paulo é um grande campo de refugiados,
sem personalidade, sem cultura própria, sem 'liga'.

Cada um por si e o todo que se dane.

E isso é até compreensível numa
cidade com 12 milhões de habitantes.

Penso que o grito - se vier - só poderá
partir das comunidades que ainda têm
essa 'liga'. A mesma que eu vi em Porto Alegre.

Algo me diz que mais uma vez os gaúchos
é que levantarão a bandeira. Que buscarão
em suas raízes a indignação que não se
encontra mais em São Paulo.

Que venham, pois. Com orgulho
me juntarei a eles.

De minha parte, eu
acrescentaria, ainda:

'...Sirvam nossas façanhas, de modelo a toda terra...'

domingo, 4 de outubro de 2009

Os Amigos Invisíveis

Fabrício Carpinejar

Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade. Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.

Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira. Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão. Amizade não é dependência, submissão. Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra. É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.

Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa. Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas. E já se está falando mal dele por falta de notícias. Logo dele que nunca fez nada de errado!

O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva? A proximidade física nem sempre é afetiva. Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.

Amigo mesmo demora a ser descoberto. É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.

Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios. São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.

Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade. Aqueles que não estão perto podem estar dentro. Tenho amigos que nunca mais vi, que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente. Não vou mentir a eles ¿vamos nos ligar?¿ num esbarrão de rua. Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.

Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados. Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos. Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação. Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.

Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação. Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.

Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e trôpegos?

Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade.